Quarantine Pills | #11 Princípios bíblicos de ética cristã para o tempo de guerra contra o Covid-19

websérie com o Ap. Kennedy Braga

Tenho falado sobre o Plano de Deus para nós, pontuado alguns princípios e doutrinas, bem como o nosso comportamento ético, quanto a tudo isso. Não obstante, não podemos ter doutrina sem ética e ética sem doutrina. Vou mostrar hoje que Paulo, no texto básico desta lição, tenta mostrar que a mente humana está fixada em alguma coisa. É uma lei da vida que se um homem pensa em algo com frequência, chegará o momento em que não poderá desejar outra coisa. Por isso é importante que o cristão pense em coisas dignas, acreditando que realmente fazem parte do que Deus tem planejado para ele. Aos colossenses escreveu o apóstolo: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” Cl 3.1 e 2.

Antes de prosseguir no texto é bom fazermos aqui uma distinção entre costumes e princípios bíblicos.

1. Costumes são procedimentos culturais e ocasionais

Os fariseus chegaram a Jesus e lhe disseram: “Por que transgridem os teus discípulos a tradição (costumes) dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem” Mt 15.2. Lavar as mãos antes de comer é costume de higiene pessoal, e, aqui no nosso tempo de Corona é uma exigência legal e de sobrevivência também contra um mal!

2. Princípios são procedimentos estabelecidos por Deus

São eternos, inalteráveis e inegociáveis. Pedro e João testemunharam diante do Sinédrio que o princípio da salvação está em nosso Jesus: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” At 4.12.

Na ética há costumes e há princípios. Como já vimos, os costumes podem variar de acordo com o contexto cultural e profissional, Stéfano mesmo temporal, como que vivemos hoje, mas os princípios não. Vejamos como Paulo trata desse assunto de princípios em sua carta aos Filipenses. “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.Fp 4.8

I. Tudo o que é verdadeiro

O primeiro princípio da ética cristã é, sem dúvida alguma, a verdade. No mundo há muitas coisas ilusórias e enganosas. Prometem o que jamais podem realizar. Paulo destaca esse princípio quando exorta os efésios, dizendo: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” Ef 4.15. Por faltar com a verdade, Ananias e Safira receberam o castigo máximo de Deus: a morte (At 5.1-11). Tenho pedido da parte dos nossos discípulos e amigos nestes dias de isolamento e de ameaças de um grande enfrentamento, que se alinhem com Deus e a sua verdade, que arrumem as gavetas de sua vida, não só a do guarda roupa.

II. Tudo o que é respeitável

A versão Bíblica da Almeida Antiga usa “tudo o que é honesto”. A Bíblia de Jerusalém usa “tudo o que é nobre”. Respeitável, honesto, nobre, se confundem no texto original. Quando isso se aplica ao homem, descreve alguém que vive como se todo este mundo fosse templo de Deus. Isto é, a sua vida no mundo é idêntica à sua vida no templo de Deus. No mundo há coisas triviais, baratas, atrativas e superficiais. O cristão deve fixar a mente nas coisas que são profundas, sérias e dignas. Hoje o que nós estamos vendo é que, sem se importa com qualquer. Princípio de Honra para com o próximo, cada um vem tentando levar vantagem desta famigerada situação de desastre mundial, chega a ser ridículo ver tamanha degradação moral, nós como servos do Deus Vivo, temos que pensar e viver o respeitável no mais profundo do nosso ser, todos os dias, pois só existe um lado certo, o lado de Deus.

III. Tudo o que é justo

O termo grego dikaios define o homem justo: o que dá a Deus e aos homens o que é devido. Em outras palavras, dikaios é a palavra de dever assumido e realizado. Há quem coloque o pensamento nos prazeres do mundo, esquecendo-se totalmente dos seus deveres para com Deus e para com a sociedade. Quer seja pelo, dinheiro, quer seja pela política, seja pela economia e ou quer seja pela religiosidade das massas sociais, precisamos hoje mais que nunca, fazermos por nós e por nosso próximo primeiro.

O profeta Habacuque condena a quebra do princípio da justiça com os cinco “ais” decretados.

1. “Ai daquele que acumula o que não é seu”.

2. “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos”.

3. “Ai daquele que edifica a cidade com sangue e a fundamenta com a iniquidade!”

4. “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor”.

5. “Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta!”. Hc 2.6-20

Digo que esse é um texto que se contextualiza muito neste ano de pandemia.

IV. Tudo o que é puro

A palavra grega usada para puro descreve o que é moralmente limpo e livre de mancha ou contaminação. No ritual do Antigo Testamento, a palavra descreve algo purificado de tal maneira que se faz apto para ser oferecido a Deus em holocausto e para o Seu serviço. Quando Deus ordenou a Páscoa para o povo hebreu, Ele disse: “O cordeiro será sem defeito (sem mancha), macho de um ano” Êx 12.5. Por exemplo: quando estabelece em 1Timóteo 3 o perfil do líder espiritual, Paulo começa dizendo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível”. Esse é um princípio que não pode ser alterado no que costumamos chamar de “A ética do obreiro”. Basta ler com atenção o Salmo: “Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente.Sm 24.3 e 4

Bem, tenho certeza que você já entendeu né, nós informamos, ensinamos e até sugerimos, mas não podemos impor mais nada, mas o que precisamos hoje oferecer ao mundo para alcançarmos a Deus, é a limpeza de mãos e coração, mas o nosso Álcool Gel é Jesus, não o da farmácia ou o do supermercado, que só atuam na superficialidade, purificando o exterior, chega ser vergonhoso e imoral  o que enxergamos no coração de alguns homens nesta sociedade.

V. Tudo o que é amável

Parece que a melhor tradução seria “tudo o que é agradável”. O termo amável ou agradável sugere tudo o que suscita amor. Há crentes que vivem sofrendo porque alimentam no coração a vingança. Em vez de atraírem para si o amor, atraem a amargura, o ressentimento. 

O escritor da carta aos Hebreus diz: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” Hb 12.14-15. Ou seja, faça bem e com amor, cada dia a sua parte.

Nosso modelo, salvo uma ou outra exceção, está nos crentes da igreja primitiva, pois se dúvida alguma eram, agradáveis: “...louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo” At 2.47. Nós temos hoje, meus queridos, que sermos Sal e Luz, sim um modelo em tudo para nossa geração!

VI. Tudo o que é de boa fama

Também pode ser “tudo o que é de boa reputação”. Podemos clarear esse princípio com a palavra de Paulo em sua primeira carta a Timóteo. Ele diz: “é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” 1Tm 3.7. Abraão era respeitado entre os povos pagãos por causa de sua postura como “amigo de Deus”. O cristão, nos lábios do próprio Cristo, é “luz do mundo e sal da terra”. Será que a nossa “fama”, na comunidade em que vivemos, dentro e fora da igreja, é boa ou má? Será que os nossos parentes e amigos podem dizer de nós o que a sunamita disse de Eliseu ao seu esposo? “Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus” 2Rs 4.9. A Sociedade hoje espera de nós atitudes, extremamente polidas e corretas, no final desta tempestade,  chamada COVID-19, além de uma igreja sarada e livre do mal, a sociedade vera que somos um modelo em Jesus!

Conclusão

Examinamos até aqui os seis princípios da ética cristã. Agora, Paulo termina a sua doutrinação destacando a excelência do comportamento cristão: “Se há alguma virtude e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Esses princípios se integram no cômputo dos verdadeiros valores da vida. Pensar nessas coisas significa “tomá-las na devida conta”. Isto é, levar a vida a sério. Se esses princípios são dignos, então tornemo-los parte de nossa vida e é isso que chamo de alinhar-se com Deus, promovendo o crescimento de uma MENS SANNA, (Mente Sã e Corpo Saudável)!

“Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” Tt 2.12. Eis a excelência da vida cristã: vida sensata; justa e piedosa.

 

Para refletir sobre a Lição, se faça estas três perguntas:

       1.    O que Deus me falou?

       2.    Como posso obedecer?

       3.    Qual a palavra revelada?

 

Um xêro e até a próxima dose!

 

Ap. Kennedy Braga

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